A crise do coronavírus levará a rede sueca H&M da indústria da moda para a de equipamentos de proteção hospitalar, entre eles máscara cirúrgica. A empresa, segunda maior varejista de moda do mundo, também acaba de anunciar a doação de US$ 500 mil para o combate à Covid-19.
“O Grupo H&M está organizando rapidamente sua cadeia de suprimentos para produzir equipamentos de proteção individual a serem fornecidos a hospitais e profissionais de saúde”, disse à agência Reuters uma porta-voz da H&M. “Segundo nossas informações, as máscaras de proteção devem ser priorizadas, mas também há uma grande necessidade de outros equipamentos de proteção individual, como aventais e luvas.”
A varejista disse estar em contato com a União Europeia para entender quais eram as necessidades mais urgentes e que já trabalha para saber o que sua cadeia de suprimentos pode oferecer. Na fase inicial de apoio, a H&M doaria os materiais de proteção, como máscara cirúrgica, segundo a porta-voz. A pandemia da infecção respiratória Covid-1, causada pelo novo coronavírus, matou 16,5 mil pessoas até esta segunda-feira (23/3).
A doação em dinheiro será feita pela Fundação H&M para o Solidarity Response Fund, mantido pela Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas. Qualquer pessoa pode contribuir com o fundo. Seus recursos são usados em estudos científicos, no tratamento de doentes (incluindo a compra de materiais de protecção) e na formação de profissionais de saúde.
Operações afetadas
Enquanto ajusta sua estrutura para fornecer equipamentos a hospitais, a H&M encara outro desafio ainda maior: como equilibrar suas operações com a crise surgida com a pandemia. Presente em 74 países, a rede está com 3.441 de suas 5.062 lojas fechadas, ou 68% do total. A lista inclui alguns de seus mercados mais importantes, como Estados Unidos e Alemanha.
Nesta segunda, a empresa anunciou o plano de cancelar o pagamento de dividendos a seus acionistas por causa do coronavírus. A rede também revelou que as ações de contenção de custos devem incluir desligamentos temporários de seus funcionários; a medida deve afetar “dezenas de milhares” de pessoas em todo o mundo, segundo o comunicado da varejista. Em 2018, de acordo com seu informe anual mais recente, a H&M tinha mais de 123 mil funcionários.